As especialistas e funcionárias do sector mineiro angolano defenderam na quarta-feira, a necessidade de as empresas do sector criarem políticas internas mais equilibradas, para assegurar a produtividade no período entre a licença de maternidade e a pós-maternidade.
Ao intervir na 2ª Mesa Redonda sobre a Mulher na Indústria Mineira Angolana, que decorreu em Luanda, e que serviu para reconhecer o papel desempenhado por mulheres na indústria mineira, a directora dos recursos humanos do ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Paula Fernandes, sublinhou que as políticas internas das empresas devem ser desenvolvidas com base nos direitos legalmente estabelecidos pela legislação do país.
Na ocasião, a directora reconheceu que, com a alteração da legislação mineira, as mulheres têm mais direitos relacionados com a licença de maternidade, apesar dos desafios que ainda enfrenta durante o período de gestação.
Na mesma senda, a responsável pela Higiene, Segurança e Ambiente dos Laboratórios Regionais do Instituto Geológico de Angola, Ana Paula de Sousa, disse ser necessário que as empresas prestem mais atenção às mulheres em estado de mãe, com vista a afirmação profissional desta franja da sociedade.
Já a directora do gabinete de Qualidade da Sociedade Mineira de Catoca, Engrácia João, defendeu a necessidade de haver maior solidariedade entre as mulheres, para defesa dos seus direitos.
Por seu turno, o director da Bumbar Mining, Sebastião Panzo, recordou que existem direitos específicos que os empregadores devem observar para manter a produtividade das mulheres na actividade mineira, e este encontro visa criar debates consistentes e sistemáticos sobre os desafios existentes no referido sector.
Segundo Sebastião Panzo, estima-se a existência de mais de 30 mil trabalhadores no sector, sendo 11% do universo feminino na indústria diamantífera, que tem pelo meonos 20 mil trabalhadores.
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