O futuro da indústria diamantífera angolana perante o actual contexto do mercado internacional foi analisado na última semana, num brainstorming que reuniu os responsáveis do sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em Luanda, sob orientação do ministro Diamantino Azevedo.
No seu pronunciamento, Diamantino Azevedo destacou os desafios actuais da indústria, marcados pela queda dos preços dos diamantes e a concorrência dos diamantes sintéticos. Apesar destes aspectos, o governante declarou que o estado actual deste sector é caracterizado por uma evolução.
“O sector de diamantes evoluiu. Com a orientação do Presidente João Lourenço, vamos continuar a desenvolver a nossa indústria diamantífera, mas com a nossa visão. Temos maturidade suficiente para ter o nosso Sector de Diamantes nas nossas mãos. Os investimentos devem estar de acordo com a nossa visão”, referiu o ministro.
Para fortalecer a posição de Angola no mercado internacional, informou que o caminho tem sido a aproximação com grandes joalharias internacionais e o Instituto Geológico dos Estados Unidos de América, assim como a interacção com o Conselho Mundial de Diamantes, tendo ressaltado o regresso a Angola da De Beers como um dos resultados.
Fez também uma abordagem sobre os riscos inerentes à exploração ilegal de diamantes, lembrando que o garimpo, para além de ser tipificado como crime, impacta negativamente o ambiente e constitui uma violação aos direitos humanos.
“O garimpo é um problema social que exige acção coordenada entre o governo central, as autoridades locais e as forças de defesa e segurança. Para combater isso, investimos na mineração semi-industrial e em alternativas como a agro-indústria”, disse.
Diamantino Azevedo reconheceu os esforços do seu pelouro para fortalecer a certificação e a rastreabilidade dos diamantes, tendo avançado que está em curso a negociações com algumas empresas como a Tiffany para reverter as restrições e melhorar a reputação do produto nacional.
No momento reservado ao debate, foram também discutidos temas como “ENDIAMA: O caminho a seguir”, “o futuro das Sociedades Mineiras de Catoca e Luele”, “volatilidade dos preços no mercado nacional e internacional” e a partilha de experiências de Peter Meeus sobre o novo acordo de cooperação entre o Botswana e a De Beers, bolsas de diamantes e a indústria de joalharias do mundo.


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