Angola consolida-se como uma das principais nações diamantíferas do mundo, com uma produção robusta e investimentos estratégicos que reforçam a sua posição no mercado internacional. No primeiro semestre de 2025, foram produzidos 6,8 milhões de quilates de diamantes brutos pela Endiama e suas participadas, com destaque para a Sociedade Mineira do Catoca, que superou em mais de 40% a sua meta, e para a Sociedade Mineira do Luele, que registou um crescimento de 35% face ao período homólogo, apesar de ligeiramente abaixo do plano anual.
Catoca e Luele responderam por 91% da produção nacional no semestre, evidenciando a estabilidade operacional das principais unidades em actividade. Entre Janeiro e Setembro, Angola acumulou 10,7 milhões de quilates, atingindo 72,3% da meta anual de 14,8 milhões de quilates definida no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN). A perspectiva é ultrapassar essa meta até ao final do ano.
No mesmo período, foram investidos cerca de 216 milhões de dólares norte-americanos no sector, com destaque para o projecto Luele, actualmente em fase de “run up”, consolidando o compromisso do Executivo com um sector mineiro moderno, sustentável e gerador de valor económico e social.
No plano internacional, o mercado enfrenta perturbações causadas pela crescente produção de diamantes sintéticos, que têm influenciado negativamente os preços e a procura por diamantes naturais. A redução do consumo nos Estados Unidos, a manutenção de elevados stocks de pedras lapidadas e o agravamento das tarifas sobre a joalharia indiana têm afectado os principais centros de lapidação, como a Índia, actualmente a operar com apenas 60% da sua capacidade.
Apesar deste cenário, Angola exportou 8,18 milhões de quilates de diamantes brutos entre Janeiro e Setembro, avaliados em 790,43 milhões de dólares, com um preço médio de USD 96,7 por quilate. Os Emirados Árabes Unidos, a Bélgica e Hong Kong absorveram mais de 90% das exportações nacionais. Comparado ao primeiro semestre de 2024, o volume exportado cresceu 108,9%, embora o valor tenha registado uma redução de 14%.
As projecções para o final de 2025 são encorajadoras. Estima-se que a produção global de diamantes brutos fique abaixo dos 100 milhões de quilates, interrompendo a tendência de crescimento da última década. Este cenário favorece países como Angola, que se destaca pela oferta de diamantes de qualidade gema.
Durante a Conferência Internacional de Minas (AIMC 2025), realizada em Luanda, a Presidente do Conselho Mundial de Diamantes, Sra. Feriel Zerouki, afirmou que “Angola é actualmente a nação diamantífera que mais cresce no mundo, resultado de uma liderança que vai além da sua própria fronteira e inspira toda a Indústria global. O exemplo de Angola demonstra que o crescimento económico e a sustentabilidade social podem coexistir. Este é o caminho para uma indústria diamantífera global, mais ética, transparente e inclusiva.”

 
                                                
                    








 
    			
                			
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