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Parceria entre DAGAN e Fundação Brilhante visa expandir agricultura intensiva em Angola

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Em um passo significativo para o desenvolvimento agrícola do país, a DAGAN, empresa israelita de renome, assinou, nesta quarta-feira, em Luanda, um memorando de entendimento com a Fundação Brilhante para implementar projectos de piscicultura e agricultura intensiva em Angola. A parceria visa alavancar a vasta experiência da DAGAN no sector para fomentar a produção local e atender tanto o mercado interno quanto o externo.

Segundo o Dr. Ran Dagan, representante da DAGAN, “Estamos aqui com todo o esforço possível para garantir o sucesso desta parceria. A assinatura deste acordo é um canal de entrada para a prática da agricultura intensiva, um movimento essencial no desenvolvimento agrícola global.”

O projecto inicial se concentrará na criação de tilápia em Saurimo, com metas ambiciosas de produção. Dr. Álvaro Craveiro, assessor do conselho de administração da ENDIAMA E.P., falando sobre os objetivos da parceria, destacou: “Na primeira fase, esperamos atingir mil toneladas anuais, com a perspectiva de aumentar para cinco mil toneladas. A produção será destinada tanto ao consumo interno quanto à exportação, especialmente para os países vizinhos e a União Europeia.”

“O modelo, portanto, é a constituição de uma sociedade conjunta entre ENDIAGRO (que aparece agora como a Fundação Brilhante, porque ainda está em fase de constituição. Mais tarde haverá cessão de possessão contratual da Fundação Brilhante a favor da ENDIAGRO. Portanto, é uma sociedade conjunta entre a ENDIAGRO que terá 55% e a DAGAN que terá 45%”, informou.

Além da piscicultura, a parceria também planeja a produção de hortofrutícolas em estufas, ampliando o escopo de actuação para incluir avicultura e outras actividades. Este desenvolvimento é crucial, dado o crescimento populacional e a necessidade de segurança alimentar.

Dr. Sérgio Santos, assessor do conselho de administração da ENDIAMA E.P., ressaltou o potencial da aquicultura em Angola, tanto no interior quanto na costa. Ele mencionou que o governo tem implementado estratégias para reduzir a burocracia e oferecer incentivos fiscais, especialmente nas regiões de Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, áreas favorecidas por condições agroclimáticas e proximidade com mercados importantes como a República Democrática do Congo e a Zâmbia.

Contudo, desafios como o alto custo de fertilizantes e a necessidade de qualificação técnica foram destacados. “A produção agrícola em Angola enfrenta barreiras objectivas, como o custo elevado de sementes e fertilizantes e a falta de conhecimento técnico especializado. Parcerias com empresas experientes como a DAGAN são fundamentais para superar essas dificuldades,” afirmou.

Ouça, abaixo, as palavras do Dr. Ran Dagan da DAGAN:

Ouça, abaixo, as palavras do Dr. Álvaro Craveiro, assessor da ENDIAMA:

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